NOTA DE APOIO
O Sindicato dos professores da UFVJM (SINDIFAFEID) vem manifestar apoio ao movimento grevista dos docentes mineiros, em especial aos colegas de Diamantina. Entendemos a legitimidade do movimento bem como a justeza das reivindicações apresentadas.
Isto decorre do fato que sem se respeitar o professorado enquanto categoria, não teremos educação que emancipe a sociedade brasileira.
O nosso apoio não é só simbólico, mas também com vistas a uma real parceria futura. Repudiamos a maneira como o governo de Minas vem tratando o movimento pelas mídias, procurando colocar a população contra os professores.
SINDIFAFEID
Lembrança aos colegas
Lembro aos colegas do magistério que pertencemos a uma categoria, uma classe, uma entidade. Essas expressões indicam uma pluralização e a aceitação dos tais “subsídios” por elevado número de colegas, talvez, tenha sido motivada por razões pessoais, individuais, portanto em detrimento de um interesse maior que é o compromisso de coesão com os irmãos classistas.
Enquanto isto, apenas uma parcela de colegas carrega a bandeira da classe de professores batalhando heroicamente no interesse geral. É justo nos acomodarmos? E se eles conseguirem sensibilizar o governo a atender as reivindicações já preteridas em tantas outras décadas, todos os colegas que já se acomodaram nos “subsídios” do governo não serão também favorecidos? Colegas, nós somos Profissionais da Educação. É com a união de classe que seremos respeitados e admirados. Nada de acomodação servil e oportunista!
Que venha uma solução de interesse social e que o justo reconhecimento e valorização da classe torne-se realidade. E que não mais haja motivo para greves futuras, tão desgastantes para professores e principalmente prejudiciais à formação de crianças e jovens de nossa querida Minas Gerais.
Prof. Geraldo Esteves da Silva
INDIGNAR-SE É NECESSÁRIO
É inestimável o valor da Educação na vida das pessoas. Durante quarenta e dois anos de exercício do magistério presenciei a transformação concreta de inúmeros alunos com os quais convivi entre adolescentes, jovens e adultos, que tiveram suas vidas totalmente transformadas pela ação do conhecimento adquirido principalmente nos bancos das escolas.
E é como testemunha dessa luta de vida do professor no Brasil que, mesmo aposentada, e já fora da Escola, conclamo a todos os professores que não percam a capacidade de indignação. Não se deixem vencer pelo cansaço.
Devemos nos indignar quando artifícios usados pelo governo, como o subsidio por exemplo, maquiarem a justa remuneração do professor e desconfiar sempre de um político que, em sua busca de votos usa a valorização do professor como bandeira de campanha.
A luta é apenas para assegurar um direito garantido por lei.
Profª. Heliane Ribas Fonseca
A decadência da Educação
A decadência da Educação, no Brasil, teve início com a Reforma do ensino, implantada a partir de 1971. Todos conhecem a má qualidade do ensino público brasileiro e, em Minas, não é diferente. O governo gasta milhões e milhões em inumeráveis projetos de eficácia duvidosa e finge não entender que o ensino só será melhor, quando o PROFESSOR estiver melhor qualificado e sobretudo com remuneração condigna.
Os educadores mineiros são plenamente conscientes de suas funções, mas estão em greve, porque o governo Anastasia não cumpre a lei federal que determina o pagamento do piso salarial nacional. O subsídio, implantado pelo governo, retira todas as vantagens adquiridas ao longo da carreira e representa a máxima desvalorização dos profissionais da Educação.
Senhor Governador, faça cumprir a lei, estendendo o Piso Salarial a todos os profissionais da Educação, de acordo com a habilitação exigida para cada nível, no Plano de Carreira.
Greve!... Falar ou Calar?
Prefiro falar.
O foco é o cotidiano da categoria de professores da Educação Básica, profissionais da Educação, da qual sou integrante, ora aposentada.
Não se vê, senão preocupações com a aprendizagem e aproveitamento escolar de alunos, indistintamente; entusiasmo troca de ideias e práticas na busca de caminhos e soluções; exercícios de afetividade, de desvelo, de rigor, de sutis intervenções individuais, respeito às diferenças, esforços e trabalhos à exaustão, em prol do sucesso dos alunos.
Quase nunca se fala sobre salários baixos. Penso que, cada um, solitariamente, tenta sobreviver com o seu. Entretanto, a título de exemplo, a fila das agências bancárias, particularmente, do Banco do Brasil no quinto dia útil de cada mês, dispensa palavras...
E, ano após ano, quando se fala em greve, o descaso do poder público com a análise da situação da categoria se repete com promessas, censuras e ameaças.
Refletir sobre o cotidiano da categoria em questão, quem sabe...
Profª. Maria luíza de Marilac Ávila.
“Eu vim para que tenham vida e a tenham em plenitude.”
Somos colaboradores de Cristo na criação de um mundo novo, mais solidário, fraterno, pleno de paz e amor. É grande a parcela de responsabilidade que cabe aos professores no desempenho da nobre tarefa de formar um educando capaz de exercer com competência os seus direitos e deveres de cidadão de dois mundos – temporal e Eterno.
Torna-se necessário aos órgãos governamentais competentes o estabelecimento de diálogo franco e urgente coma classe. O salário dos professores alcança patamares inaceitáveis e vergonhosos, exigindo, sem demanda, a criação de uma inovadora política salarial que corresponda às reais necessidades e direitos dos educadores, corrija gritantes distorções e a redução progressiva do valor de seus vencimentos ante a inflação. Impossível manter a tolerância ou indiferença diante das situações constrangedoras vividas constantemente pelos mesmos, decorrentes de seu irrisório pagamento mensal.
Orgulhamo-nos de ser mineiros e educadores, somos marcados indelevelmente pelas pegadas de grandes homens e mulheres da nossa história, que nunca abdicaram de seus direitos, ideais e sonhos devido a obstáculos e opressões, mas ajudaram com persistência, coragem e otimismo a edificar uma nação respeitada e livre. Sejamos dignos dessa herança gloriosa.
Profª. Maria Célia de Miranda
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